Diagnóstico, Sintomas e Tratamento desta doença. Foto: Divulgação
Diagnóstico, Sintomas e Tratamento desta doença. Foto: Divulgação

Você está obeso. É um fato. Então um dia você percebe que a medida de sua cintura está acima de 80/ 100cm. Junto a isso, constata problemas de pressão arterial elevada e não bastando, seus exames de sangue indicam alterações glicêmicas, triglicérides e colesterol altos.

Sinto Muito: Você é um provável portador da Síndrome Metábolica.

MAS O QUE É A SÍNDROME METABÓLICA?

A Síndrome Metabólica, nada mais é do que o acúmulo de algumas doenças que juntas aumentam o risco de problemas cardiovasculares.

Deve-se observar que a Base da Síndrome Metabólica é a é a Resistência Insulínica (popularmente conhecida como Pré-Diabetes), que nada mais é do que a dificuldade que a insulina encontra em desenvolver suas funções, ou seja, retirar a glicose do sangue e levá-la às células do nosso organismo, além de participar do metabolismo das gorduras.

Estas células de gordura, estocam gordura em seu interior, que quando estão no seu limite ou próximo a ele, liberam substâncias inflamatórias que circulam na corrente sanguínea, aumentando o risco de desenvolvimento de diabetes, pressão alta e doenças cardíacas, explica a Dra. Bruna Marisa, médica, Membro da SBEM , pós graduada em Medicina Ortomolecular e Endocrinologia.

Temos que falar também da Gordura Visceral, que é aquela mais profunda e que envolve os órgãos. Quando esta gordura está em excesso, ou seja, com mais de 90 centímetros de circunferência abdominal nos homens e mulheres com mais de 80, ela torna-se um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças Cardio e  Cérebro Vasculares.

O DIAGNÓSTICO

COMO SABER SE TENHO A SÍNDROME METABÓLICA?

O diagnóstico da Síndrome Metabólica é feito através do exame físico, de sangue (dosagem de colesterol e fração, glicemia e hormônios), além de medidas de pressão arterial.
Segundo os critérios brasileiros, a Síndrome Metabólica ocorre quando o paciente tem ao menos três, dos sintomas abaixo:

  • Obesidade central: circunferência da cintura maior que 88 cm na mulher e 102cm no homem
  • Hipertensão Arterial: pressão arterial sistólica maior que 130 e/ou pressão arterial diatólica maior 85 mmHg
  • Glicemia de jejum alterada (glicemia maior que 110 mg/dl) ou diagnóstico de Diabetes
  • Triglicerídes maior 150 mg/dl
  • HDL colesterol menor 40 mg/dl em homens e menor que 50 mg/dl em mulheres

FATORES DE RISCO:

São considerados fatores de risco para a Síndrome Metabólica:  o excesso de peso, o tabagismo, o sedentarismo e a história familiar de problemas cardíacos.

Dra. Bruna Marisa. Foto: Divulgação

PREVENÇÃO

Para prevenir a doença, é importante manter uma alimentação saudável, equilibrada, pobre em carboidratos e manter uma atividade física.

Eu tenho Síndrome metabólica: e agora?
É fundamental que haja uma completa mudança no estilo de vida. Alimentação balanceada, pobre em carboidratos, prática de exercícios físicos que somem ao menos 150 minutos semanais, diminuição do tabagismo e caso haja diabetes, faz-se necessário o uso de medicamentos que um endocrinologista pode avaliar e orientar caso a caso especificamente.

Sobre a especialista

Dra Bruna Marisa é médica, pós graduada em Endocrinologia, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, atua na área de Medicina Esportiva, Ortomolecular e é Especialista em Emagrecimento.