Iniciativa visa normalizar agenda de procedimentos de diversas especialidades. Foto: Alex Cavanha/PSA
Iniciativa visa normalizar agenda de procedimentos de diversas especialidades. Foto: Alex Cavanha/PSA

Dando continuidade ao programa Saúde Fila Zero, Santo André iniciou mais uma importante força-tarefa. Desta vez, os esforços são para normalizar a fila de espera por cirurgias eletivas que foram geradas durante o período mais crítico da pandemia.

“Depois de grandes esforços para conter a pandemia e com mais de 90% da população adulta imunizada contra Covid-19, estamos finalmente conseguindo colocar a casa em ordem e voltar, com gestão e planejamento, ao normal. Com isso, mais uma vez o programa Saúde Fila Zero está em operação para regularizar a agenda das cirurgias eletivas de diversas especialidades que se formaram no período mais crítico da pandemia”, destacou o prefeito Paulo Serra.

Com a ação, a expectativa é atender cerca de 4 mil pessoas que aguardam para realizar procedimentos no Centro Hospitalar Municipal (CHM). As especialidades vascular, urologia, proctologia, cabeça e pescoço e bucomaxilofacial já tiveram as agendas normalizadas. As especialidades de cirurgia geral e cirurgia plástica, que possuem maior quantidade represada, devem ser normalizadas até dezembro deste ano.

“Os pacientes estão sendo preparados, passando por avaliação do cirurgião e do anestesista para que possamos zerar até dezembro toda fila de espera por cirurgia. Com essa iniciativa, o município recoloca em prática o programa Saúde Fila Zero. Já houve a primeira edição desse projeto em que as filas foram zeradas em 100 dias cirúrgicos, mas infelizmente, devido à pandemia, uma nova fila foi formada”, pontua o diretor do Núcleo Executivo de Urgência e Emergência e Atenção Hospitalar, Victor Chiavegato.

Procedimentos estavam paralisados por conta da pandemia. Foto: Alex Cavanha/PSA

Para a diretora do CHM, Dra. Maria Odila Gomes Douglas, os efeitos da ação já são sentidos pelo hospital. “Ver os pacientes saindo felizes com seus problemas resolvidos é algo que alegra a todos os profissionais envolvidos”, comentou.

Mesmo durante o período mais crítico da pandemia, as cirurgias de emergência não foram suspensas, tanto no Centro Hospitalar Municipal como no Hospital da Mulher. As cirurgias eletivas estão sendo agendadas conforme a ordem dos encaminhamentos, respeitando a gravidade da patologia.

O Hospital da Mulher retomou a realização de todas as cirurgias eletivas (que não têm urgência), entre elas, as cirurgias de laqueadura e períneo.                  

“Durante a pandemia não deixamos de realizar as cirurgias urgentes, como casos de miomas com hemorragia, câncer de mama ou incontinência urinária. Quanto às pacientes de cirurgias eletivas, o Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde recomendaram aguardar um momento mais seguro para seu tratamento. As cirurgias por videolaparoscopia, por exemplo, foram desaconselhadas pela Anvisa e pelas sociedades médicas de cirurgia, devido risco de contaminação do ar ambiente pelos gases de insuflação do abdome, mas agora, com o avanço da vacinação e o arrefecimento da pandemia, estamos retomando com força total esta técnica, que reduz o tempo de cirurgia, de internação e o risco de complicações”, explicou o médico ginecologista e coordenador da cirurgia ginecológica, Dr. Ricardo Czech. 

Segundo o Dr. Ricardo Czech, novos protocolos foram adotados durante a pandemia para garantir a segurança das pacientes e da equipe médica. “Desde o início da pandemia temos adotado todos os procedimentos pré-operatórios de segurança, com aplicação de inventário epidemiológico para saber se essa paciente ou alguém da família está com sintomas da Covid-19. Isso proporciona segurança para todas as pacientes e, também, para a equipe. As cirurgias só têm sido confirmadas após 15 dias da paciente ter recebido a segunda dose da vacina, conforme norma da Anvisa”, explicou.

Além disso, caso haja alguma suspeita em paciente já internada, é realizado o teste do antígeno Covid, com resultado imediato. Se estiver tudo normal com a paciente, as cirurgias são realizadas. São procedimentos relativamente rápidos, com duração de 40 minutos até duas horas, e as pacientes têm alta no mesmo dia ou no dia seguinte.

Para que as cirurgias sejam realizadas há o empenho de uma equipe multidiciplinar composta por médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, técnico de sala, psicólogos, assistentes sociais, anestesistas e equipe de gestão do cuidado, que fazem o rastreio epidemiológico.