Taxa de juros registrou aumento. Foto: Divulgação
Taxa de juros registrou aumento. Foto: Divulgação

Na última quarta-feira, 17/03, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) aumentou a taxa básica de juros, a Selic, em 0,75 p.p, para o patamar de 2,75% a.a.

De acordo com a FIESP, esta é uma ação precipitada. Apesar dos choques de oferta que a economia vem sofrendo, ainda paira muita incerteza sobre o horizonte econômico de médio prazo. Por isso, entendemos que a elevação da Selic não é a melhor solução neste momento.

A Federação destaca que a atividade econômica deve exibir um desempenho fraco no 1º trimestre, com risco de que esse quadro se estenda por todo o semestre. As expectativas de crescimento do PIB para o ano estão em 3,2% segundo o último boletim Focus, número insuficiente para recompor a queda de 4,1% do ano passado.

Sendo a FIESP, a dificuldade das famílias em manter seus níveis de renda e consumo está materializada na necessidade de se aprovar um novo auxílio emergencial para a população mais vulnerável.

Além disso, as vendas do varejo caíram em dezembro (-3,1%) e janeiro (-2,1%) e o setor de serviços perdeu velocidade na passagem de 2020 para o início deste ano.

“Por todos esses fatores, entendemos que a elevação da Selic neste momento é precipitada e dificulta o cenário para a atividade econômica em 2021, que já enfrenta inúmeros desafios em razão da persistência da pandemia”, destacou a nota divulgada pela Federação.