Dermatologista explica sobre os cuidados nesta época do verão. Foto: Divulgação/Banco de imagens Freepik
Dermatologista explica sobre os cuidados nesta época do verão. Foto: Divulgação/Banco de imagens Freepik

A combinação de calor, piscina, areia, praia e o aumento da transpiração formam o cenário perfeito para o aparecimento das micoses. De acordo com o dermatologista Antonio Lui, do Hospital Santa Casa de Mauá, além desses fatores, permanecer com roupas de banho molhadas por longo tempo também favorecem a proliferação de fungos e micro-organismos. As pessoas com imunidade baixa têm ainda maior disposição para contrair o problema e qualquer bactéria pode invadir alguns órgãos e provocar complicações.

O tipo de micose mais frequente no verão é a frieira, que atinge a pele entre os dedos, principalmente, os dos pés; a patologia também pode acometer as unhas e causar alteração de cor e deformidades; a pitiríase versicolor, compromete a pele do tronco com manchas brancas, róseas ou pardas. Nesse caso, o paciente só percebe sua presença quando se expõe ao sol e essas áreas não bronzeiam devido aos fungos. Existem também as micoses profundas, mais graves, cujos fungos se instalam em órgãos internos do corpo.

Dermatologista Antonio Lui. Foto: Divulgação
Dermatologista Antonio Lui. Foto: Divulgação

Alguns hábitos ajudam a evitar o problema como secar bem as dobras do corpo ao sair do banho, especialmente virilha, axilas e os espaços entre os dedos das mãos e dos pés; evitar roupas úmidas em contato com a pele por muito tempo; usar chinelos em saunas, academias, vestiários e chuveiros públicos; não compartilhar objetos pessoais como toalhas, sapatos, meias e chinelos; evitar uso de sapatos fechados por muito tempo e o uso do mesmo sapato por dias seguidos; levar seu material à manicure quando houver dúvidas quanto à esterilização; na praia, colocar uma toalha na areia antes de se sentar; tomar banho logo depois dos exercícios físicos e não usar roupas muito quentes e justas e de tecidos sintéticos, que absorvem o calor.

O diagnóstico costuma ser feito pelos sintomas, pois manchas vermelhas, coceira e descamação podem ser um sinal da doença. Mas em alguns casos poderá ser solicitado um exame micológico direto e cultura para fungos. O tratamento não é complexo, mas precisa ser seguido à risca já que a infecção é muito resistente e não deve ser descontinuado antes do prazo recomendado pelo médico dermatologista.

“Quando a micose não é tratada corretamente pode trazer graves riscos à saúde. É comum que as lesões melhorem antes do término do tratamento, mas é fundamental não interromper os cuidados”, orienta o dermatologista Antonio Lui.

O Hospital Santa Casa de Mauá foi fundado há 55 anos e está localizado na Avenida Dom José Gaspar, 1374 – Vila Assis – Mauá – fone (11) 2198-8300.
https://santacasamaua.org.br/