Nos últimos quatro anos mais de 100 pessoas tiveram casos suspeitos para malignidade durante avaliação realizada na campanha-Foto Divulgação/PSA

 A Prefeitura de Santo André iniciou na última segunda-feira (12) a 16ª Campanha de Prevenção e Diagnóstico Precoce do Câncer Bucal. A iniciativa será realizada até esta sexta-feira (16) nas unidades de saúde do município e no sábado (17) acontece o dia D da campanha no Largo do Quitandinha da Rua Coronel Oliveira Lima, das 8h às 17h, que marcará o encerramento das atividades. 

“O câncer de boca é uma importante causa de óbitos entre os indivíduos em idade produtiva no Brasil, apesar de ser uma doença de fácil diagnóstico e curável em sua fase inicial. No entanto, cerca de 80% dos pacientes chegam aos serviços em estágio avançado da doença, implicando em cirurgias complexas e mutilações que provocam deformidade, impedindo o paciente de levar uma vida normal, e não raro, poucas possibilidades de sobrevivência”, explica a médica Cristiane da Costa, coordenadora de Saúde Bucal.

O número de pessoas atingidas pelo câncer bucal aumenta a cada ano no país. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil ocupa o terceiro lugar em incidência no mundo e cerca de 10% dos tumores malignos do corpo humano, em brasileiros, estão localizados na boca. A sobrevida dos pacientes está diretamente relacionada com a extensão da doença. O diagnóstico precoce é a única condição capaz de permitir a redução da taxa de mortalidade.

“Queremos conscientizar a população e os profissionais da saúde, alertando-os que o câncer bucal existe e é tão nocivo como os demais tipos. É muito importante estimular o autoexame, além de diagnosticar e encaminhar precocemente as lesões detectadas para tratamento ou biópsias com semiologista do Centro de Especialidades Odontológicas”, conclu Cristiane da Costa. Histórico – A campanha é realizada em parceria com a Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas – Regional Santo André e o vereador Marcos Pinchiari. Em 2018 houve 5.424 pessoas atendidas e 65 pessoas possuíam suspeita de malignidade. Em 2019 houve 4.487 pessoas atendidas e 36 tinham malignidade. Em virtude da pandemia e da necessidade do distanciamento social, o número de pessoas avaliadas diminuiu nos últimos dois anos com o registro de 4.006 pessoas analisadas e 26 casos suspeitos para malignidade em 2020 e 20