por Ligia Canto
“Neste momento em que estamos – ou deveríamos estar – fechados em casa, muitos de nós estão sem ter quem nos faça companhia. Há também quem sinta falta de palavras na língua portuguesa que deem conta dos diferentes sentimentos de estar sozinho. Não nos basta, de fato, o substantivo “solidão”. (…) Fique aqui a sugestão de nos apropriarmos da palavra “sozinhez”, criada por Paulo Mendes Campos na sua delicada crônica “Para Maria da Graça”, (…) de uma solidão, digamos, benigna, bem diversa daquela pesada, que nos faz sofrer”.
Apesar de que a maioria das pessoas acreditam que a solidão deva ser evitada (pois acreditam que ela traz sofrimento), se encontram nessa condição, porque ela é usada, mesmo que não intencionalmente, como:
– Refúgio, uma forma de se esconder de algo que normalmente é mais doloroso para resolver.
– Insegurança oriunda da falta de confiança nas próprias convicções usadas para se manter estável.
– Dificuldade de desprender-se de lembranças dos momentos vividos que podem ser agradáveis ou não, mas que já não estão mais ao alcance.
– Substituição das relações interpessoais pela “companhia” das virtuais, onde nem sempre a verdade prevalece.
Dessa forma a solidão torna-se preocupante por iniciar ou agravar problemas como a depressão, o estresse, o distúrbio do sono, sendo inclusive, necessário a intervenção de um profissional de saúde mental.
A dor de estar só pode e deve ser substituída pela satisfação de estar só, e isso é possível quando as pessoas:
– Pedem ajuda quando necessário
– Possuem metas a serem alcançadas
– Dão valor ao que conseguiram conquistar
– Se exercitam ao ar livre
– Passam tempo com a família
– Dormem horas suficientes à noite
– Não se sentem sobrecarregadas no trabalho
– Possui auto aprovação e estima pelo que se é
– Conseguem manter relacionamentos respeitando a opinião do outro
Agora me diga, você está sozinho ou está em sozinhez?
Ligia Canto – Psicologia Integrativa
Psicóloga, pós-graduação em Acupuntura.
Atendimento Online – @psico.ligiacanto – 11 99686-5038