Menos de 24 horas após o anúncio de restrição para fase Vermelha do Natal e Ano Novo no estado, o governador de São Paulo, João Doria, se licenciou e embarcou para Miami (EUA) para um descanso de 10 dias com a família. Horas depois de desembarcar por lá, o tucano usou a rede social para anunciar o retorno a SP, após saber que o vice, Rodrigo Garcia, havia testado positivo para a COVID-19.
Repercussão
A ação de Doria foi avaliada como erro político. Nos bastidores, o comentário recorrente foi: “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Legítimo o governador tirar férias e ficar com a família. Mas não viajar para outro país em tempos de pandemia com curva crescente.
Nota
No início da noite, a assessoria do governador estou em campo para tentar minimizar a repercussão negativa e explicar as idas e vindas. “O governador de São Paulo João Doria licenciou-se por 10 dias depois de um ano de trabalho ininterrupto. Comprou com dinheiro próprio sua passagem e viajou para os Estados Unidos, em avião de carreira, onde chegou esta manhã (quarta).
Nota 2
Seguiu a nota: “Lá, iria descansar com sua esposa e dar duas palestras sobre oportunidades de investimentos no Estado e o Plano de Retomada Econômica de São Paulo. Uma das conferências, no World Trade Center-Florida e a outra na Brazilian-Florida Chamber of Commerce, dias 28 e 29 de dezembro”.
Nota 3
E finalizou: “Diante da notícia desta manhã de que o vice-governador Rodrigo Garcia havia se contaminado com a Covid-19, Doria imediatamente decidiu voltar a São Paulo, onde chega amanhã (quinta) de manhã”.
Erro
Por mais que tente justificar, o episódio desgastou a imagem do governador. Porque além de falar uma coisa e fazer outra, ele deixou de estar presente na coletiva mais aguardada que atestaria a eficácia da vacina CoronaVac.
Protocolo
A Câmara de Santo André alterou o protocolo para a cerimônia de posse no dia 1° de janeiro. Cada vereador poderá levar 1 convidado e não 2 como previsto inicialmente.
