Produção das vacinas de Oxford/AstraZeneca. Foto: Amanda Perobelli/Agência Reuters
Produção das vacinas de Oxford/AstraZeneca. Foto: Amanda Perobelli/Agência Reuters

No dia 15 de maio, a Fiocruz – Fundação Oswaldo Cruz, deve dar início a fabricação da vacina da Oxford/AstraZeneca com o IFA – ingrediente farmacêutico ativo produzido no Brasil. A informação foi dada na última sexta-feira, 07/05, pelo vice-presidente da Fundação, Mario Moreira, em entrevista coletiva do Ministério da Saúde.

Segundo Moreira, a Fiocruz está em condições de produzir e obteve a certificação de boas práticas pela ANVISA, mas ainda há procedimentos de avaliação a serem realizados, além do processo do registro definitivo do imunizante.

A fabricação do imunizante com o IFA brasileiro é resultado de um acordo de transferência de tecnologia entre a Fiocruz, a Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca. Vale lembrar que, atualmente, as doses produzidas dependem de IFA importado da China.

Na entrebista coletiva, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, falou sobre acelerar a liberação dos IFAs pela China diante do fato do Instituto Butantan cessar a produção da Coronavac pela falta da matéria-prima. “O governo federal trabalha sempre junto com Instituto Butantan. Estamos sempre junto com eles para monitorar o recebimento dos insumos. O ministro [Marcelo Queiroga] esteve presente hoje com o embaixador chinês [Yang Wanming]. Estamos sempre conversando quer com embaixada em Pequim ou com embaixador chinês no Brasil”, disse o secretário executivo.

Ainda de acordo com Rodrigo, o Ministério da Saúde não tem informações do governo chinês quanto ao envio de IFAs.

Vacinas adquiridas

De acordo com um balanço apresentado, até o momento, haveriam 532,5 milhões de doses contratadas.

Segundo uma previsão do governo federal, ainda há 20 milhões de doses da indiana Covaxin e mais 10 milhões da russa Sputnik V, mas as duas vacinas tiveram as importações negadas pela Anvisa.

Sendo assim, até o momento, o Brasil possui as seguintes doses compactuadas:

– 12 milhões do Instituto Serum

– 210 milhões da Fiocruz e Oxford/AstraZeneca (100 milhões em processo de entrega e 110 milhões para entrega no 2º semestre, sendo 50 milhões de IFA importado e 60 milhões com IFA nacional)

– 130 milhões do Instituto Butantan (100 milhões já adquiridas e 30 milhões em processo final de formalização)

– 42,5 milhões de doses da Covax Facility

– 100 milhões de doses da Pfizer

– 38 milhões de doses da Janssen

Já as que dependem da aprovação da Anvisa são:

– 20 milhões de doses da Covaxin

– 10 milhões de doses da Sputnik V