Participantes da Live. Foto: Divulgação/PMSCS
Participantes da Live. Foto: Divulgação/PMSCS

 Nesta quarta-feira, 10/02, aconteceu uma live sobre o lançamento da campanha São Caetano diz não à violência contra a mulher. Um debate mediado pelo secretário do Conselho Municipal de Cidadania e Participação Social e dirigente dos Conselhos Municipais, Elísio Peixoto, contou com a participação da presidente do Conselho de Proteção e Defesa da Mulher de São Caetano, Verônica Paiva, e a delegada titular de São Caetano do Sul, Luciara de Cássia da Costa Campos.

“Me sinto honrada em participar do lançamento da campanha. Infelizmente houve agravamento nos casos de violência contra a mulher em 2020, que ocorreu por conta da pandemia e pelo recolhimento das pessoas em seus lares” destacou a delegada. Segundo Luciara, a Polícia Civil disponibilizou o recurso da delegacia eletrônica, que possibilitou à vítima fazer a denúncia mesmo permanecendo dentro de casa. “Outros órgãos também se empenharam no combate  a essa violência; o que também justifica esse número crescente de registros”, explicou.

Um comparativo entre 2019 e 2020 mostra um aumento significativo no número de BOs (Boletins de Ocorrência) que envolvem ameaça, vias de fato e lesão corporal, entre outros. O registro de ocorrências saltou de 147 para 318. Além disso, houve necessidade de requerer 435 medidas protetivas de urgência em 2020.

A presidente do Conselho de Proteção e Defesa da Mulher de São Caetano, Verônica Paiva, parabenizou a administração pública pela iniciativa dessa grande campanha. “Um trabalho como este nos dá a esperança de que estamos tomando um rumo para acabar com a violência doméstica. Tivemos um ano de 2020 marcado por uma explosão de feminicídios. Com a vinda da Delegacia da Mulher passamos a receber mais denúncias, as mulheres se sentiram mais seguras”.

A delegada destaca ainda a importância da campanha lançada recentemente. “A lei Maria da Penha é primordial para o combate da violência contra a mulher e a promoção e realização de campanhas educativas de prevenção de violência doméstica contra a mulher são fundamentais. Precisamos esclarecer, informar e afastar qualquer tipo de ignorância. Com informação há prevenção e há responsabilização”, afirmou.

Elísio destacou também a recente criação do Ambulatório de Saúde Mental para Mulheres em Vulnerabilidade, que oferece assistência especializada em saúde mental direcionada a uma demanda de atendimentos voltados às mulheres em situação de sofrimento psíquico por violência física, sexual e/ou psicológica. “Ações em conjunto que a Prefeitura realiza mostrando a importância da prevenção e combate à violência doméstica”.

A campanha tem recebido diariamente a adesão de diversos órgãos como OAB, Plajan, Câmara dos Dirigentes Lojistas, Polícias Civil e Militar, Ministério Público de São Paulo, Rotary e Lions Club, conselhos municipais, entre outros.