Fachada da Fábrica em São Bernardo. Foto: Divulgação
Fachada da Fábrica em São Bernardo. Foto: Divulgação

Hoje, 05/04, São Bernardo informou que o setor administrativo da montadora Toyota será transferido e que os empregos serão preservados.

O comunicado foi feito pelo diretor de Relações Governamentais da empresa, Roberto Braun, ao prefeito Orlando Morando, detalhando que a decisão ocorre porque no espaço industrial estava apenas em funcionamento o operacional administrativo – produção de veículos já estava paralisada. Desta forma, a companhia vai remanejar seus colaboradores para outras filiais, sem realizar demissões.

O prefeito Orlando Morando lamentou a decisão da empresa, uma vez que a marca inaugurou sua fábrica no município em 1962 – a primeira unidade construída fora do Japão. Além disso, os representantes da empresa sempre foram bem acolhidos e recebidos pela Administração Municipal, o que não justifica a sua desmobilização da cidade. O prefeito ressalta também que irá procurar o presidente da Toyota do Brasil, Rafael Chang, visando mudar essa decisão da companhia.    

Dados

O último balanço do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério da Economia, referente ao mês de fevereiro, o município registrou saldo positivo de 2.358 novos postos de trabalho criados, número que o colocou na liderança do quesito de geração de empregos com carteira assinada na região do Grande ABC. No período, foram 12.052 contratações e 9.694 demissões na esfera local, computando variação de 0,94%. O levantamento assinado pelo governo federal aponta que São Bernardo é puxado, principalmente pelo setor de serviços, responsável por 7.984 contratações no mês, saldo de 2.137, e pela construção, com 718 empregos formais, sendo 156 de saldo. Na sequência aparece comércio com 2.177 carteiras de trabalho assinadas.

A cidade de São Bernardo tem somado investimentos diretos de mais de R$ 9 bilhões entre 2021 e 2022, gerando até 230 mil postos de trabalho, de acordo com mapeamento desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). As projeções englobam aportes privados (R$ 6,5 bilhões), públicos (R$ 2,2 bilhões) e parcerias (R$ 340,3 milhões).