Transtorno de ansiedade em crianças é mais comum do que pensamos. Foto: Divulgação
Transtorno de ansiedade em crianças é mais comum do que pensamos. Foto: Divulgação

Você sabe que o Transtorno de Ansiedade acontece na Infância? Pois é. Você conhece o seu filho o bastante, para identificar os sinais desse transtorno?

O Transtorno de Ansiedade em crianças e adolescentes se apresenta como estados desproporcionais com as situações vividas no cotidiano; ou seja, o medo exagerado, a preocupação, o nervosismo ou o pavor desmedido e que acaba enfraquecendo as habilidades naturais da criança, próprias do seu funcionamento.

E tudo isso acaba causando dificuldades para dormir, baixa autoestima, apatia, desinteresse por brincadeiras, recusa em ir para escola, irritabilidade e culpa.

Dra. Gladys Arnez é médica Pediatra e Neurologista Infantil e da Adolescência, especialista em Transtornos Escolares e Comportamentais, mestranda em Neurociências com ênfase no Tratamento do autismo e está à frente da Clínica Neurocenterkids, em Santo André. Foto: Divulgação
Dra. Gladys Arnez é médica Pediatra e Neurologista Infantil e da Adolescência, especialista em Transtornos Escolares e Comportamentais, mestranda em Neurociências com ênfase no Tratamento do autismo e está à frente da Clínica Neurocenterkids, em Santo André. Foto: Divulgação

A Dra. Gladys Arnez, Neurologista Infantil e da Adolescência, Especialista em Transtornos Comportamentais e Escolares; também responsável pela Clínica Neurocenterkids em São Paulo, explica: “Geralmente essas crianças tem um comportamento de inquietude. É sempre muito agitada, mas não por ser hiperativa, mas por sentir medo; medo de situações diferentes ou de lugares específicos ou de pessoas específicas. São crianças internamente inseguras.”

Sintomas físicos

A Dra. Gladys Arnez explica que a criança pode apresentar sudorese, tremores, dores de barriga, dores de cabeça e alerta que elas podem sentir esses sintomas antes ou durante a crise de ansiedade, na tentativa de evitar essas situações, como por exemplo a criança que sente muita dor de cabeça sempre antes de ir para a escola, pois aquele ambiente ou alguém de lá pode o perturbar de alguma forma.

Diagnóstico

O Transtorno de Ansiedade afeta entre 4% a 6% das crianças. E acaba impactando a vida das crianças na interação social, nos relacionamentos e no rendimento escolar. É importante ser observado pelo professor na escola e que seja notificado aos pais.

O diagnóstico é clínico; seguindo os critérios do DSM; Manual Diagnostico e Estatístico dos Transtornos Mentais.

“Os Transtornos de Ansiedade podem estar acompanhados de outros problemas, tais como: Os Distúrbios do Sono, Distúrbios de Humor e, em situações graves, podem apresentar Transtornos Depressivos, o que gera um agravamento no quadro, o que acaba deixando a criança em um isolamento social, pois ela começa a preferir ficar sozinha, isolada; ou seja, percebe-se claramente uma mudança no seu comportamento”, complementa a Especialista.

Causas

As causas podem ter origens, biológicas, psicológicas e sociais; Histórico familiar com problemas de ansiedade, depressão materna ou problemas na gestação, bullying, abuso familiar ou ausência dos pais, são algumas causas frequentes do Transtorno de ansiedade na Infância.

O que fazer?

A criança com Transtorno de Ansiedade precisa de muita ajuda para que não cresça e se torne uma pessoa muito insegura, com muitos medos, caso ela não consiga superar no momento certo esse trauma.

Essa criança precisa de acompanhamento neurológico e acompanhamento psicológico; principalmente de uma terapia cognitivo-comportamental. O acompanhamento psicológico também é indicado aos pais, para aprenderem a lidar com seus filhos no dia a dia de forma adequada.

“A maioria dessas crianças precisam de medicação para o tratamento mais rápido e eficaz, para que ela retorne às suas atividades escolares, sociais e ao seu cotidiano normal, recuperando o seu tempo perdido.”- complementa Dra Gladys Arnez que ressalta: “- O importante é ficar sempre atento aos sinais, aos sintomas de ansiedade, e buscar ajuda profissional”, finaliza Dra. Gladys Arnez.