Cícero Firmino da Silva, mais conhecido como Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá foi acusado de injúria racial por um ex-funcionário da categoria, o porteiro Osvaldo Pereira Lopes, mais conhecido como Grapiúna, que atuava na sede há 13 anos.
De acordo com Osvaldo, o sindicalista proferiu palavras ofensivas antes de demiti-lo sem justa causa, em agosto deste ano. “João Ninguém”, “imprestável”, “traidor”, “lixo” e “nego idiota” foram alguns dos xingamentos.
Embora o fato tenha ocorrido em agosto, Grapiúna formalizou a queixa no dia 23 de dezembro, em uma delegacia de Santo André. Em entrevista ao G1, o porteiro contou que não registrou queixa antes por medo de represálias por parte de Martinha.
Sendo assim, a Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar o caso, que até então é tratado como injúria racial.
Por outro lado, Martinha disse ao G1 que está surpreso com a acusação. “”Não estou entendendo porque ele fez essa denúncia. Só posso suspeitar que possa ser por algum motivo político, de pessoas influenciando ele a me atacar”.
Sobre a demissão, o sindicalista explicou que outros funcionários também foram dispensados da categoria. “Ele foi desligado com outros funcionários porque a arrecadação do sindicato diminuiu nos últimos três anos, quando metade dos 15 mil trabalhadores que pertenciam à categoria foram demitidos e deixaram de contribuir”, disse o presidente.