Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) estão aumentando no Brasil, de acordo com o Boletim InfoGripe da Fiocruz. Em grande parte dos estados, o rinovírus é o responsável pelas ocorrências mais graves em crianças e adolescentes. Já entre os adultos e idosos, a covid-19 impulsiona os índices da síndrome.

Segundo o pneumologista Valter Eduardo Kusnir, da Santa Casa de Mauá, a SRAG é uma complicação decorrente de infecções respiratórias que afetam os pulmões e comprometem a respiração. “Ela pode ser causada por vírus como influenza, coronavírus (covid-19), vírus sincicial respiratório (VSR), entre outros. Em alguns casos pode ser necessária a internação e a demora no atendimento pode levar a óbito, especialmente os mais vulneráveis”, alerta.

Entre os principais sintomas da SRAG estão a falta de ar, dificuldade para respirar, sensação de pressão no peito, lábios ou rosto azulados – cianose, febre alta, tosse, dor de garganta, calafrios, dor de cabeça e coriza. “A evolução da SRAG costuma ser rápida. Ao perceber sintomas como falta de ar intensa ou cianose é fundamental buscar atendimento médico imediatamente”, reforça Valter Eduardo Kusnir,

Idosos, crianças pequenas, gestantes, mulheres até duas semanas após o parto, pessoas com doenças crônicas (diabetes, cardiopatias e doenças respiratórias) e indivíduos com o sistema imunológico fragilizado têm maior risco de complicações e precisam de atenção rápida e especial.

O diagnóstico é realizado por avaliação clínica de um pneumologista, complementada por exames como raio-X ou tomografia do tórax, exames de sangue e testes específicos para identificar o vírus causador. O tratamento varia de acordo com a gravidade e pode incluir oxigenoterapia, uso de antivirais ou antibióticos e, nos casos mais críticos, ventilação mecânica.

“Como em qualquer doença, prevenir a SRAG é o melhor tratamento. Mantenha as vacinas atualizadas, higienize frequentemente as mãos, evite as aglomerações, deixe os ambientes ventilados e cubra a boca e o nariz ao tossir ou espirrar. Além disso, cuidar do sistema imunológico por meio da alimentação equilibrada, prática regular de atividades físicas e abandono do tabagismo também fazem toda a diferença”, orienta o especialista.