Prefeito Orlando Morando esteve na Operação ao lado do Secretário de Assistência Social, André Sicco acompanhando o primeiro dia da ação. Foto: Gabriel Inamine/PMSBC
Prefeito Orlando Morando esteve na Operação ao lado do Secretário de Assistência Social, André Sicco acompanhando o primeiro dia da ação. Foto: Gabriel Inamine/PMSBC

A chegada de frente fria, com previsão de queda brusca das temperaturas ao longo da semana, motivou a Prefeitura de São Bernardo a antecipar o início da Operação Cobertor que Salva, destinada à proteção da população em situação de rua. Dessa forma, até o próximo dia 31 de agosto, enquanto perdurar o período mais frio do ano, as equipes do serviço de abordagem social da Secretaria de Assistência Social, do Consultório de Rua e do Centro de Controle de Zoonoses, da Secretaria de Saúde, intensificam o trabalho de abordagem e acolhimento dos munícipes que vivem nas ruas, em especial durante as madrugadas, convidando os moradores a pernoitarem nos abrigos municipais.

A ação terá apoio da Guarda Civil Municipal (GCM) e poderá ser feita de forma coercitiva, com respaldo da Justiça, quando necessária para garantia da vida dessas pessoas.

O prefeito Orlando Morando acompanhou de perto o primeiro dia da Operação Cobertor que Salva na noite desta segunda-feira (16/5). “Aqui em São Bernardo, não medimos esforços para garantir a proteção dessas pessoas. Desde 2017, temos feito esse trabalho de convencimento da população que vive na rua, no entanto, em alguns casos sabemos que ocorre a recusa pelo acolhimento. Nestes casos, para preservar vidas, temos autorização da Justiça para que nosso serviço encaminhe o morador que vive na rua aos abrigos municipais mesmo diante da recusa”, diz.

O Secretário de Assistência Social, André Sicco observa que a Operação Cobertor que Salva tem como principal objetivo evitar incidentes de mortes por hipotermia entre a população em situação de vulnerabilidade. “Nossas equipes do serviço especializado em abordagem social percorrem todo o território da cidade, no entanto, os munícipes podem auxiliar as equipes da abordagem social relatando situações de pessoas em situação de rua que demandem apoio pelos telefones 2381-3660, 93231-6182, 93231-6228 e 93231-6353, além do Samu (192), nos casos de urgência em Saúde, e o 153 (GCM)”.

Abrigos ampliaram a quantidade de vagas. Foto: Gabriel Inamine/PMSBC

Ampliação das vagas

A Prefeitura ampliou de 180 para 220 as vagas ofertadas para pernoite à população em situação de rua. São 190 vagas no centro de acolhimento 24 horas (casa de passagem) e 30 na moradia provisória (república).

O Centro de Acolhimento 24 horas de São Bernardo está localizado na Rua Tapajós, 10, Centro, e tem capacidade para receber até 190 pessoas para pernoite. Há ainda oferta diária de café da manhã, almoço, café da tarde e jantar, espaço de convivência, área para banho e kit de higiene e local para lavagem de roupa, além de abrigo para carrinhos e canil.

Já a moradia provisória, serviço com característica de república, oferta 30 vagas destinadas a adultos e idosos que utilizam espaços públicos como forma de moradia e/ou sobrevivência e que estejam em processo de organização para a saída das ruas. Apresenta estrutura de acolhimento por período a ser definido entre o usuário e a equipe técnica de referência. O acesso ao serviço se faz mediante encaminhamento do Centro Pop.

Abordagem

O serviço especializado em abordagem social da Prefeitura de São Bernardo conta com equipe multidisciplinar que orienta, encaminha e sensibiliza as pessoas em situação de rua para o atendimento na rede socioassistencial. Além disso, os profissionais mapeiam e identificam a localização, a permanência, os fluxos e os pontos de referência onde existem pessoas em situação de rua.

MEDIDA EXTRA – Como forma de ampliar a proteção aos moradores que estão em situação de rua, a Prefeitura ingressou na Justiça, em julho de 2021 para garantir o acolhimento das pessoas em situação de rua mesmo contra a vontade nos dias em que a temperatura atingir índices abaixo de 5°C. O objetivo desta medida é proteger vidas e evitar óbitos entre esse público, que é de altíssima vulnerabilidade social.