Prefeito Orlando Morando .Foto: Edmilson Magalhães
Prefeito Orlando Morando .Foto: Edmilson Magalhães

Texto: Guilherme Renso

O maior presente para a cidade, que completa 468 anos nesta sexta-feira, dia 20 de agosto, é a vida dos seus moradores, por meio da vacina contra a COVID-19. Foi com essa fala que o prefeito Orlando Morando nos recebeu em seu gabinete no último dia 26 de julho. Além do assunto pandemia, o chefe do executivo anunciou os avanços e investimentos programados para os próximos três anos e meio, que devem atingir a casa do R$ 1 bi, e ressaltou a sua meta de fazer do segundo mandato melhor que o primeiro. Confira a entrevista.

Qual o legado da sua primeira gestão, finalizada em dezembro passado?

Na minha avaliação, o que nós fizemos de melhor foi cuidar das pessoas. No âmbito da Educação, por exemplo, criamos o Programa Educar Mais, que é educação em tempo integral em mais de vinte escolas na cidade. A iniciativa foi inédita, não existia na cidade.

Também entregando o Hospital de Urgência em plena pandemia, num momento em que mundo e nossos munícipes mais precisavam. Aliás o HU ficou, até então, dedicado exclusivamente ao atendimento de pacientes de COVID. Também devolvemos aos munícipes o Hospital Anchieta, que na gestão passada teve seus leitos fechados.

A questão histórica das enchentes na área central também foi resolvida, certo?

Sim! Quando a gente sintetiza o “Cuidar de gente”, é por exemplo o fim das enchentes no  Centro da cidade, por meio da construção do Piscinão, além da retomada e término de obras viárias que estavam abandonadas, sem contar aquelas que começamos e já concluímos.

Para os próximos três anos e meio quero dizer que teremos um investimento em obras públicas que totalizam quase R$ 1 bilhão. Nesse pacote está o Hospital da Mulher, que já está em obra, fortes investimentos no sistema viário e novos aportes no lazer.

Os investimentos nos próximos anos serão de 1 bilhão de reais declarou Morando. Foto: Edmilson Magalhães

Com o avanço da vacinação e o controle da pandemia, o atendimento do HU, que era exclusivo a pacientes de COVID, será reformulado?

Até o aniversário, dia 20 de agosto, 100% da população acima de 18 anos deve estar vacinada pelo menos com a primeira dose. Deste modo, a partir de agosto nós vamos reestruturar toda a nossa atenção à saúde. Se mantivermos a queda nos números da pandemia, a ideia é ampliar as cirurgias eletivas e passar a usar o Hospital de Urgência com a característica a qual ela foi criada.

Ainda assim, a ideia é manter o Hospital Anchieta com exclusividade COVID, pelo menos até constatarmos uma estabilização completa da pandemia. Tudo isso tendo em mente que a boa gestão é aquela que você consegue melhorar a vida das pessoas. Não pode haver investimento em um lado só. O sentimento de progresso precisa estar por toda a cidade.

Quando a sua gestão assumiu, o que estava pior na cidade?

O que tinha de pior na cidade era o grupo político que aqui estava. Eles deixaram uma dívida de R$ 220 milhões. O resumo de tudo o que aconteceu na gestão anterior foi o mutirão de cataratas que eles fizeram. É um procedimento simples que a gente faz o tempo inteiro.  No que eles organizaram, mais de uma dezena de pessoas saíram sem enxergar.

E na educação, a cidade foi nota dez?

Nota 100! Reformamos mais de 80 escolas, dentre elas uma que estava abandonada há mais de 12 anos no bairro do Calux, que é a EMEB Aluísio de Azevedo. Esse abandono é uma marca do que não pode acontecer. Também entregamos duas creches no Jardim Nazareth e no Riacho Grande que estavam abandonadas. Por fim, zeramos a fila da própria creche, que antes era de cinco mil crianças.

Como está a retomada da economia na cidade?

Sem dúvida das mais otimistas. São Bernardo está recebendo o Centro de Distribuição do Supermercado Joanin, que será inaugurado em breve. Além dele, também estamos recebendo novos pequenos e médios negócios, como por exemplo duas padarias que foram inauguradas em quinze dias na cidade. Tudo isso é fantástico! Cada uma delas gera até 70, 80 empregos.  

Eu também emiti, na semana passada, uma guia de reforma do prédio Ford. Ali será investido meio bilhão só na readequação da estrutura, que por sua vez receberá um centro logístico com uma espectativa de geração de três mil novos empregos.