Programa que troca recicláveis por alimentos mudou a realidade de cerca de 70 mil pessoa. Foto: Divulgação/Semasa
Programa que troca recicláveis por alimentos mudou a realidade de cerca de 70 mil pessoa. Foto: Divulgação/Semasa

Completaram-se três anos desde que moradores do núcleo Ciganos, comunidade carente do município de Santo André, começaram a ter as suas vidas transformadas pelo programa Moeda Verde. Foi neste local, no dia 22 de novembro de 2017, que latas de alumínio, papelão e diversos outros materiais recicláveis passaram a ser moeda de troca por legumes, frutas e verduras de boa qualidade.

Hoje, a ação já acontece em 14 comunidades do município, beneficiando milhares de famílias que têm a oportunidade de ter alimentos nutritivos na mesa de casa. Cerca de 70 mil andreenses, beneficiados direta e indiretamente, também passaram a ter as comunidades mais limpas.

O Moeda Verde continuará transformando a vida de muita gente. O Semasa e a Prefeitura projetam mais que dobrar o número de locais de atuação do programa. “Nossa intenção é expandir o programa nos próximos quatro anos, chegando a 30 comunidades. Para 2021, outros sete núcleos devem ser contemplados”, explica o superintendente do Semasa, Ricardo Kondratovich. Os novos locais ainda estão sendo estudados, mas a previsão é de que, ao todo, cerca de 130 mil pessoas possam ser beneficiadas indiretamente.

Até o momento, os participantes do programa já entregaram 377 toneladas de recicláveis, contribuindo para a coleta seletiva e a diminuição de materiais que poderiam ser destinados ao aterro da cidade. Em troca, foram distribuídas aos moradores 75 toneladas de hortifrútis, como batata, espinafre, alface, banana, mamão e melão, entre outros.

Revitalização de pontos de descarte de resíduos – Outra importante herança deixada pelo programa Moeda Verde é a recuperação de locais que sofriam com o despejo de entulho, móveis e outros materiais.

Programa troca recicláveis por frutas, legumes e verduras. Foto: Divulgação

A ação já eliminou cinco pontos de descarte de resíduos, o que garantiu uma economia de quase R$ 2 milhões aos cofres públicos. Esses lugares se transformaram em áreas verdes, praças ou estacionamentos, trazendo mais saúde e bem-estar para a população – que tinha de lidar com o aparecimento de ratos, insetos e baratas, além do odor do lixo – e aumentando a sensação de pertencimento nos locais onde os moradores vivem.

Além dos núcleos Ciganos e Santa Cristina, a iniciativa ocorre no Capuava, Ciprestes, Eucaliptos, Kibon, Cristiane, Sítio dos Vianas, Cruzado, Pintassilgo, Tamarutaca, Sorocaba, Espírito Santo e Missionários.

Reestruturação na pandemia – Após o início da pandemia do novo coronavírus, houve mudança no calendário de trocas do programa Moeda Verde, que passou a acontecer com encontros mensais em cada núcleo (e não mais quinzenais). Também foram feitos ajustes nos dias de realização da iniciativa. Para evitar o contágio pela Covid-19, o Semasa e a Prefeitura adotam todos os critérios recomendados pelos órgãos de saúde e reforçam sempre a necessidade de colaboração dos participantes para evitar aglomerações e utilizar máscara.

A programação do Moeda Verde e outras informações, como a expansão e o balanço do programa, podem ser encontradas em www.semasa.sp.gov.br/moedaverde.