Números divulgados pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) em parceria com IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística revelam que aproximadamente 40% da população adulta brasileira tem, pelo menos, uma doença crônica. A situação foi agravada pela pandemia, que implicou no abandono do tratamento por parte dos pacientes.
Isso significa que 57,4 milhões de pessoas são portadores de alguma doença crônica no Brasil e são eles que representam mais de 74% dos óbitos registrados no país. Ainda de acordo com o estudo, cerca de 40% da população adulta brasileira apresenta pelo menos uma doença crônica, sendo 34,4 milhões mulheres e 23 milhões de homens.
Pandemia afetou os cuidados com a saúde
Outro levantamento da OMS revelou que a pandemia fez com que muitos pacientes abandonassem os cuidados com a saúde. Ainda de acordo com estudo realizado em 155 países, mais da metade interrompeu parcial ou completamente os serviços para doenças não transmissíveis após o surgimento do Coronavírus. Os números preocupam os especialistas. “Paralisar tratamentos de doenças crônicas pode deixar pacientes ainda suscetíveis às complicações da Covid 19, considerando que diabéticos, hipertensos e outros doentes crônicos estão no grupo de vulneráveis ao SARS-CoV-2”, explica a biomédica Jéssica Oliveira do Grupo Sabin Medicina Diagnóstica.
Doenças crônicas não transmissíveis, chamadas DNCT, representam uma grande parcela dos índices de óbitos em pessoas, principalmente em pacientes com mais de 70 anos. “Há uma série de implicações a curto, médio e longo prazos quando se abandona um tratamento. Existe ainda uma perda muito significativa na qualidade de vida, gerando não só incapacidade de viver bem, mas também faz com que a rotina fique mais complicada, dependendo da gravidade do caso”, complementa.
Prevenir é a melhor solução
À frente da equipe Sabin nas cidades de Osasco e Barueri, grande São Paulo, a gestora July Ramos explica que nos primeiros meses deste ano houve uma redução de procura pelos serviços de saúde, mas o temor de buscar pelos procedimentos eletivos, tanto nas áreas de diagnóstico por imagem, foi superado pela necessidade de manter a saúde em dia. “Notamos que hoje, a retomada gradual das atividades, o chamado ‘novo normal’, gerou uma alta da demanda por análises clínicas, principalmente. Ainda há muita procura pelos nossos testes de Covid, mas aos poucos os exames eletivos de imagem e análises clínicas voltaram a impulsionar a receita e acredito que esta seja a nova realidade daqui para frente”, esclarece a gestora, ao reiterar que “Adiar os cuidados com a saúde neste momento pode colocar a vida em risco”.