Equipe médica do Hospital Mário Covas que utilizou nova tecnologia de navegação intraoperatória, sendo o segundo procedimento realizado pelo SUS em todo o Brasil- Fotos Divulgação

Gerenciado pela Fundação do ABC em parceria com o Governo do Estado de São Paulo, o Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André (SP), realizou nesta semana uma cirurgia de coluna utilizando nova tecnologia de navegação intraoperatória, associada a um braço robótico, para implantação de parafusos na coluna vertebral. Foi o segundo procedimento desse tipo no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil. O primeiro ocorreu no Hospital de Amor, em Barretos (SP).

O equipamento utilizado é o Cirq, fabricado pela alemã Brainlab, especializada em tecnologia médica. Trata-se de um sistema modular projetado para auxiliar os cirurgiões com precisão durante os procedimentos. Durante os procedimentos de coluna, esse Módulo de Alinhamento Robótico facilita a colocação de parafusos, oferecendo alinhamento automático com trajetórias definidas antes ou durante a operação.

“Esse sistema proporciona maior segurança no posicionamento dos implantes na coluna vertebral, baseando-se em imagens de tomografia pré-operatórias”, explica o ortopedista e cirurgião de coluna Dr. Rafael Carboni, que liderou o procedimento à frente do Grupo de Coluna do Hospital Estadual Mário Covas. “A navegação permite visualização tridimensional do posicionamento dos instrumentais e implantes, tudo em tempo real. Além disso, dispensa a exposição à radiação durante o ato cirúrgico”.

BRAÇO ROBÓTICO

Segundo o fabricante, o Cirq pode ser facilmente integrado aos fluxos de trabalho minimamente invasivos e abertos dos cirurgiões de coluna, proporcionando fácil integração com soluções de planejamento, aquisição de imagens e navegação da Brainlab. Além disso, sua compatibilidade independente de fornecedor e permite o uso com diversos conjuntos de implantes.

A precisão e a exatidão são essenciais durante as cirurgias de coluna. Ainda de acordo com a empresa, com o novo módulo, os cirurgiões podem confiar no alinhamento automático dos instrumentos, mantendo o controle do fluxo de trabalho e a reação à flexibilidade da coluna. O sistema robótico leve foi projetado para economizar espaço na sala cirúrgica e sua modularidade, flexibilidade e componentes reutilizáveis permitem uma alta utilização, com benefícios diretos aos usuários.