LED e laser são opções para o tratamento de pets com espasmos, paralisias e até mesmo os já idosos. Foto: Divulgação
LED e laser são opções para o tratamento de pets com espasmos, paralisias e até mesmo os já idosos. Foto: Divulgação

A fototerapia é um tratamento que já se popularizou entre os humanos e chegou também ao mundo animal. Gatos e cachorros que sofrem de doenças neurológicas podem contar com a eficiência do tratamento com LED e laser para terem uma vida mais saudável.  A fototerapia veterinária pode ser pode feita em animais que sofrem de mioclonias – espasmos rápidos em um ou mais músculos, paralisias ou parestesias, síndrome cognitiva do cão idoso, convulsões, sequelas de cinomose, síndromes neurológicas em geral e até para traumatismos cranianos.

Por meio da terapia transcraniana é feita a aplicação de laser terapêutico em regiões específicas do crânio, como explica Lucas Sousa, pesquisador veterinário. “A aplicação geralmente é feita no osso temporal, frontal e occipital, isso gera um estímulo direto de toda cadeia neurológica”, explica. 

Esse tratamento é extremamente eficaz para os animais, pois atua na atividade celular do tecido cerebral comprometido, atingindo o tecido nervoso e produzindo células troncos neurais, que são fundamentais para a manutenção da cognição. “O laser tem estímulo na sinapse neuro regeneração, por isso, aumenta a vascularização e a oxigenação”, comenta Sousa.

“O tratamento passa a funcionar a partir da absorção da luz pelas mitocôndrias, causando aumento potencial de membrana – transporte de elétrons – e maior consumo de oxigênio, estimula a da síntese de ATP (molécula que funciona como fonte de energia para a célula) a realizar seus processos celulares, uma vez que o cérebro é fortemente dependente da atividade mitocôndria, além de promover um efeito anti-inflamatório.”, explica o estudioso.

LED e laser são opções para o tratamento de pets com espasmos, paralisias e até mesmo os já idosos. Foto: Divulgação
LED vermelho é eficaz para inflamações. Foto: Divulgação

De acordo com Lucas, para que os tratamentos tenham efetividade são utilizados dois tipos de luzes, sendo elas:

Luz vermelha: Atua nos processos inflamatórios melhorando a regeneração dos tecidos e ativa os biomoduladores celulares;

Luz infravermelha: Tem função analgésica e atua na drenagem linfática e de edemas. Possui efeito anti-inflamatório e melhora em até 40% a absorção de produtos e fármacos.

A aplicação da fototerapia é feita através de alguns pontos dos ossos: Temporal, frontal e occipital. “Esse não é um tratamento invasivo, além disso é indolor, sendo totalmente confortável para o animal. Garantir o conforto dos animais nesse momento é fundamental”, comenta Sousa.

Segundo o pesquisador, o tempo de tratamento vai depender da fisiologia animal e da patologia que será tratada, mas, Sousa estima uma média para que os efeitos comecem a ser sentidos. “Vemos na prática animais que apresentam melhora significativa logo na primeira sessão e outros entre a terceira e sexta. Porém, é recomendado que o tratamento seja realizado uma ou duas vezes por semana, para que os efeitos sejam sentidos de maneira palpável”, conclui.