No último sábado, 16/10, a Estação Cultura foi palco do Fest Jovem 2021. O equipamento, que é referência em arte urbana e em ações formativas para a juventude em São Caetano, transformou-se no ponto de encontro de múltiplas manifestações artísticas e esportivas da cidade: do soul ao rap, passando pelo hip hop e pelo rock and roll. O evento foi realizado pela Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Cultura (Secult) e da Coordenadoria Municipal da Juventude (Comjuv).
O festival reuniu 70 artistas, técnicos e profissionais do esporte e um público circulante de cerca de 600 pessoas. Segundo o coordenador da unidade, Erike Busoni: “Nesta edição do Fest Jovem, unir os quatro elementos do hip hop (o rap, os DJs, o breakdance ou breaking e o graffiti) foi uma preocupação nossa, além de trazer outras frentes, como o rock and roll, a literatura e esportes como o xadrez, para romper a ideia de que as tribos andam separadas.”
Além disso: “Realizar o Fest Jovem na Estação Cultura é uma forma de incentivo para que as pessoas passem a frequentar o equipamento. Nós temos salas temáticas, auditório, ampla área externa, uma estrutura adequada para que diversas ações ocorram simultaneamente”, afirmou Busoni.
“O que faz do Fest Jovem um festival único é que ele demonstra que a juventude transita por diversas esferas: está ligada à cultura, ao esporte, mas também à educação, ao desenvolvimento econômico. Nas próximas edições, a tendência é englobarmos ainda mais elementos, como startups e ações de inclusão social”, comenta Rubens Foina Neto, coordenador da Juventude em São Caetano.
Breaking
A festa contou ainda com atividades como slackline, graffiti, oficina de lambe-lambe, badminton, mesa de sinuca, pebolim, tênis de mesa e xadrez. Na ocasião, houve também o lançamento dos livros “Olhos de Jabuticaba”, de Beatriz Sernagiotto e “A Fera que Habita em Mim”, de S.R. Saldanha. O ponto alto do evento foi a animada Batalha de Bboys com DJ, cyphers (rodas de breaking sem competição) e quizz com distribuição de brindes.
Pela primeira vez na Estação Cultura, Jeizzy Camila, a representante feminina do breaking na batalha de bboys (e bgirl!), foi a vencedora do Red Bull BC One Cypher São Paulo. “As mulheres ainda não são reconhecidas na modalidade, então, de alguma forma, temos que aparecer. Deixar a nossa marca é mais importante do que vencer”, declara. Segundo a bgirl, o prazer de competir pela modalidade esportiva recém-integrada ao rol olímpico, vem do fato de representar a união entre a arte e o esporte.
Trap e Hip Hop
De acordo com os integrantes do grupo Furiah, a estrutura adequada e o ambiente familiar, com uma expressiva presença de crianças na Estação Cultura, são características importantes da cultura hip hop. Com o show musical selecionado pelo edital “Cultura ao Ar Livre”, da Secult, de fomento às atividades em espaços públicos a céu aberto da cidade, a banda formada por Eduardo DNA, KB-Lo, Dj Marques e Digo Furiah estava sem se apresentar em eventos com presença de público desde o início da pandemia, há 1 ano e 7 meses.
O grupo gravou o clipe “Choque Estéreo” no local em 2013, quando ainda era designado Estação Jovem. Para Digo Furiah, “o evento atrai o jovem, traz para perto. E pra gente é muito bacana poder apresentar o nosso trabalho para o nosso público-alvo, que é a juventude”.
“Foi uma experiência única participar da programação do Fest Jovem aqui na Estação Cultura. É muito bom sentir a receptividade do público, saber que a galera curte o seu trabalho. Tem bastante gente que veio me perguntar o nome da minha música, quando vai sair”, relata o cantor de trap Leo Martins, que apresentou a faixa de autoria própria “Sonhador” durante o evento. O jovem artista conta que a música já tem clipe e em breve será lançada oficialmente nas plataformas digitais.
Toda a programação cultural da cidade pode ser acompanhada pelo portal cultura.saocaetanodosul.sp.gov.br e pelo instagram @secultscs.
