Dermatologista Antonio Lui. Foto: Divulgação
Dermatologista Antonio Lui. Foto: Divulgação

Se existe algo que deve ser usado sem moderação é o protetor solar. Seu uso é recomendado durante o ano inteiro, até mesmo no inverno, seja em casa ou escritório. Porém, no verão com a exposição solar ele precisa ser redobrado e quem faz a recomendação é o dermatologista Antonio Lui, do Hospital Santa Casa de Mauá. “Cuidados simples com a pele evitam transtornos futuros, como câncer, envelhecimento, manchas, rugas e flacidez. A exposição aos raios ultravioletas (UV) torna o protetor solar um item indispensável para todas as faixas etárias”, explica o médico.

O uso do protetor solar é fundamental para a prevenção do câncer de pele, muito frequente no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer – INCA, por ano são diagnosticados 180 mil novos casos.

No caso dos bebês, com menos de seis meses, a proteção deve ser feita com o uso de roupas e bonés em tecido UV e exposição à sombra. Dos seis meses aos dois anos, são indicados os protetores com ativos minerais, com menores chances de irritar a pele e, acima dos dois anos, os filtros com substâncias que absorvem os raios UV e os transformam em radiação de baixa energia, que não penetra na pele, podem ser usados. Para o público infantil, são indicados protetores com FPS 50 ou maior e, como as crianças passam mais tempo na água, o produto deve ser reaplicado a cada duas horas.

Muitos cremes anti-idade possuem fator de proteção baixo, já que o foco é a hidratação e a prevenção do envelhecimento, mas é importante complementar com um filtro solar mais efetivo. Uma boa dica, na rotina de skin care, é separar o uso dos produtos por horário – durante o dia, usar o  filtro solar e, à noite após a higienização, um hidratante e o anti-idade. Os protetores faciais mais leves, sem óleos, evitam a obstrução dos poros e a acne cosmética.

A luz visível dos ambientes fechados também tem radiação, porém não causa câncer de pele como os raios UV. No entanto, favorece o envelhecimento da pele e a formação de manchas. “Independente do tom de pele, a Sociedade Brasileira de Dermatologia sugere FPS 50. Embora, a pele negra tenha uma proteção natural em razão da maior quantidade de melanina, ela tem maior tendência para desenvolver manchas e por essa razão precisa receber proteção”, explica o dermatologista Antonio Lui.

Áreas como orelhas, tornozelos e pés não devem ser negligenciadas e também precisam receber proteção, pois ficam mais expostas aos raios solares, assim como o couro cabeludo deve receber filtro solar convencional em creme ou spray. Outra boa opção é o uso de chapéus e bonés.

No verão também é comum o ressecamento da pele por conta da incidência solar e perda de água pela transpiração. Portanto, todo o organismo deve ser hidratado e a indicação é tomar entre dois e três litros de água por dia, além de hidratar a pele com cremes à base de ureia e vitamina E.

“O sol é fundamental para obtenção da vitamina D, ótima para o fortalecimento dos ossos. Para um bronzeado saudável, invista nos alimentos com betacaroteno (cenoura, laranja, mamão, beterraba e manga). Os sucos dessas frutas contribuem para um melhor bronzeamento, ajudam na hidratação e são fontes de vitaminas”, ressalta o médico. 

Os banhos muito quentes e demorados devem ser evitados, já que são prejudiciais à hidratação natural da pele e retiram a camada de gordura superficial, reduzindo a proteção natural. As cicatrizes devem ser protegidas, principalmente as mais recentes, que podem ficar escuras na exposição solar. 

Para curtir o verão sem problemas também vale optar pelos sabonetes antissépticos, os quais ajudam a eliminar as bactérias e outros microrganismos; não fazer depilação no rosto e no corpo – seja no dia ou na véspera da exposição solar para não causar manchas escuras; evitar os tratamentos de pele com laser e produtos químicos durante o verão; esfoliar a pele uma vez por semana para eliminar as células mortas e tomar banho de água doce quando sair da praia para retirar o sal e areia.

Santa Casa de Mauá. Foto: Divulgação
Santa Casa de Mauá. Foto: Divulgação

Sobre

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