O médico ortopedista Marcleo Ruck da as dicas para manter o corpo saudavel- Foto Divulgação

Com o passar do tempo é comum o envelhecimento do corpo e das células, além do desgaste natural de alguns tecidos que causam a hérnia de disco, por exemplo. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 8 em cada 10 pessoas no mundo sofrem com o problema. Há um alerta de que a patologia também atinge os mais jovens, mas nesses casos está ligada a fatores como o sedentarismo, traumas, obesidade, tabagismo, exposição a cargas repetidas, vibrações prolongada e predisposição genética, dentre outros.

O médico ortopedista do Hospital Santa Casa de Mauá Marcelo Ruck explica que a hérnia de disco afeta os discos da coluna, que são tecidos cartilaginosos e funcionam como amortecedores das vértebras. “Em razão do desgaste ou trauma, a borda do disco se rompe e sua parte central é expelida, causando a hérnia discal, que pode comprimir um nervo e causar fortes dores”, explica o especialista.

Esse desgaste ocorre porque com o passar dos anos, o disco perde água e se desidrata ficando menos flexível e com mais possibilidades de rompimento com a tensão, com o peso exercido em cima do disco ou movimentos de torção.

Entre os principais sintomas estão a dor na coluna, que pode ser acompanhada de irradiação para os membros superiores – no caso de hérnia na coluna cervical – ou para os membros inferiores – no caso de hérnia na coluna lombar. Também pode causar alteração de sensibilidade nos membros, sensação de dormência, formigamento, queimação, perda de força ou fraqueza muscular dos membros. 

O diagnóstico é feito pelo histórico clínico e por exames físicos e de imagem, como tomografia e ressonância. Caso exista a perda de força em membros, uma eletroneuromiografia também pode ser solicitada. O tratamento inicial é feito com medicações à base de analgésicos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares e anticonvulsivantes que diminuem a dor causada pela compressão dos nervos entorno da hérnia, além de fisioterapias, acupuntura e reeducação postural global (RPG). 

“O tratamento clínico deve ser sempre a primeira escolha, já que as evidências científicas demonstram que com o tempo, na maioria dos casos, ocorre a reabsorção do disco deslocado e a dor desaparece. Existe também o tratamento invasivo – infiltração ou cirurgia – que pode ser indicado se não houver melhora com o tratamento clínico. O invasivo sempre deve ocorrer em consenso entre o médico e o paciente, o qual deve ser orientado sobre os riscos e benefícios”, detalha o médico Marcelo Ruck.

É importante reforçar que o tratamento para a hérnia de disco é muito importante, primeiro para eliminar a dor, promover a qualidade de vida e para evitar complicações sérias, como dores crônicas, piora dos sintomas; perda de movimento ou de sensibilidade nas pernas e nos membros; perda de funcionalidade de alguns órgãos e até lesão medular permanente.

A melhor opção de se prevenir o problema é com exercícios físicos que promovam uma postura adequada, como o pilates, fortalecimento dos músculos da região abdominal, lombar e glúteo para proteção dos discos intervertebrais e alongamentos rotineiros. “Outras dicas que também ajudam a prevenir a doença é diminuir o uso de sapatos de salto alto e a circunferência abdominal, já que ambos levam o peso do corpo para frente e deslocam o centro de gravidade causando uma tensão no disco”, alerta o ortopedista. 

O Hospital Santa Casa de Mauá está localizado na Avenida Dom José Gaspar, 1.374 – Vila Assis – Mauá – telefone (11) 2198-8300.
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