
A Prefeitura de São Bernardo dá mais um passo inovador na agenda ambiental com o lançamento do edital de chamamento para a formação do Fórum Social de Mudanças Climáticas. Iniciativa inédita no cenário regional, o órgão vai reunir sociedade civil, especialistas e poder público em um espaço permanente de diálogo sobre os impactos do clima e as estratégias locais de adaptação e resiliência, temas que estarão na pauta da 35ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, também chamada COP 30.
O Fórum é coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Proteção Animal de São Bernardo e chega em um momento crucial. De acordo com relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), ações que fortalecem a participação ativa das comunidades são essenciais para reduzir vulnerabilidades e ampliar a capacidade de adaptação dos territórios. É nesse sentido que São Bernardo inova ao criar um espaço institucional para que a população seja protagonista na construção de soluções de enfrentamento e mitigação dos problemas causados pelo aquecimento global.

“Essa é uma sinalização clara de que o município está comprometido com a agenda climática global e com a construção de soluções compartilhadas, temas que estarão na pauta da COP 30. O Fórum é uma oportunidade para que, juntos, possamos construir soluções e garantir que as políticas públicas locais estejam preparadas para este desafio. É a nossa chance de participar ativamente e moldar a cidade que queremos”, disse a prefeita Jessica Cormick.
Segundo a secretária municipal de Meio Ambiente, Ruth Cristina Ramos, estudos recentes apontam que as cidades precisam se preparar para eventos climáticos extremos, como aumento da temperatura, diminuição da precipitação anual de chuvas e redução da umidade do ar. “Estamos chamando os moradores e organizações da sociedade civil para serem protagonistas nesta missão em defesa do clima. O Fórum vai permitir que a sociedade conheça melhor os efeitos das mudanças climáticas, entenda o que precisa ser feito e ajude a construir políticas públicas sólidas de adaptação.”
EM SINTONIA – Além de sua importância local, o Fórum Social de Mudanças Climáticas coloca São Bernardo em sintonia direta com a COP 30, que será realizada entre os dias 10 e 21 de novembro, em Belém, no Pará. No encontro serão colocados nas mesas de discussão temas como redução de emissões de gases do efeito estufa, financiamento climático, transição para energias renováveis, adaptação às mudanças climáticas e a preservação da Amazônia, com foco especial na justiça climática e nos direitos dos povos indígenas.
COMO PARTICIPAR – O edital estabelece que podem se inscrever organizações da sociedade civil, limitado a um representante titular e um suplente por entidade, e pessoas físicas com atuação comprovada na área de mudanças climáticas em São Bernardo. Os interessados devem apresentar documento de Manifestação de Interesse, contendo concordância com os termos do edital; exposição de motivos; e breve histórico da atuação na área de mudanças climáticas (citar a experiência pessoal ou da entidade com temas ambientais e climáticos).

Os interessados em integrar o colegiado do Fórum podem se inscrever até o dia 1º de setembro, exclusivamente por meio de formulário eletrônico disponível no link https://saobernardo.sp.gov.br/web/sma/forum-social-de-mudancas-climaticas
Marcio Kontopp, diretor da seção de Mudanças Climáticas e Sustentabilidade da Secretaria de Meio Ambiente, avaliou que o Fórum terá papel central no cumprimento do que considera a missão do Centro Municipal de Emergências Climáticas (CMEC). Isso porque é apontado como espaço fundamental de escuta e diálogo com a sociedade civil, permitindo a incorporação de “saberes diversos, experiências e demandas populares”, essenciais para orientar a ação climática no município.
“Ao criarmos o CMEC e elaborarmos nosso plano de trabalho, definimos que nossa missão, ou compromisso institucional, seria concentrar os diferentes saberes técnicos necessários à ação climática efetiva em nível local, transpondo-os de forma harmoniosa para promover a antecipação e adaptação aos riscos climáticos. A escuta ativa de cidadãos, organizações sociais, setor privado e demais segmentos da sociedade é a forma mais eficaz de assegurar que diferentes pontos de vista sejam contemplados, fortalecendo nosso trabalho técnico e qualificando a tomada de decisões”, comentou o diretor.