Começou na segunda-feira (3/2) mais uma turma do Curso de Libras (Língua Brasileira de Sinais) promovido pela Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência ou Mobilidade Reduzida (Sedef), da Prefeitura de São Caetano. O curso, composto por três módulos de 40 horas, é oferecido gratuitamente a servidores municipais – concursados, contratados ou terceirizados – e munícipes a partir de 15 anos.
Ao abrir a aula inaugural, a titular da Sedef, Magali Selva Pinto, destacou a importância da iniciativa: “Quebrar as barreiras da comunicação é fundamental para a garantia de direitos da pessoa com deficiência”, destacou.
A professora Alice Stephanie Ramos informou que o curso não é profissionalizante, mas dá as condições básicas para que uma pessoa se comunique por Libras. As turmas pequenas, de 35 alunos, permitem que a professora faça um atendimento individualizado. O empenho do aluno complementa a receita de sucesso.
Se depender do interesse da nova turma que começou na noite desta segunda, o sucesso do curso está garantido. Entre os alunos, que se inscreveram com diferentes objetivos, a expectativa era grande.
A artesã Fabiana Costa Almeida, moradora do Bairro Olímpico, quer levar esse conhecimento para a igreja onde congrega: “Na igreja, ainda não tem ninguém que saiba Libras. Com esse curso eu vou poder ajudar outras pessoas”. As irmãs Ester e Raquel Sansão, moradoras do Jardim São Caetano, buscam capacitação profissional: “Já trabalhei como acompanhante de uma pessoa com deficiência. Saber Libras pode trazer novas oportunidades de emprego”, ressalta Ester. Já a dentista Cristiane Maria Gutierrez, moradora do Bairro Santa Paula, quer ter condições de se comunicar com todas as pessoas: “uma vez fiz uma viagem e conheci pessoas surdas. Tive dificuldade de me comunicar com elas e me senti mal”.
A experiência vivida por Juliana Camargo, paciente do CAISM (Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher), mostra como é importante ampliar as possibilidades de comunicação. Juliana é surda e consegue fazer leitura labial, mas tem dificuldade com a fala. “Encontrei uma enfermeira no CAISM que sabe Libras e ela me ajudou muito. Agora, consigo me comunicar muito melhor”, testemunha Juliana.