Sete a cada dez lançamentos imobiliários do ABC estão em Santo André. Os dados fazem parte da pesquisa “Panorama do Mercado Imobiliário”, realizada pelo Secovi-SP e divulgada na última quinta-feira (26), em evento realizado no Espaço NEO – Mbigucci, em São Bernardo do Campo. O levantamento mostra que 70% dos lançamentos imobiliários feitos na região no primeiro semestre de 2023 estão concentrados no território andreense.
Entre janeiro e junho deste ano, foram lançadas 1.153 unidades na cidade, o que representa 68,34% do total lançado no ABC – equivalente a R$ 423 milhões no valor global lançado. Para efeito de comparação, Diadema, a segunda colocada neste quesito, teve 352 lançamentos, número 69,5% menor do que o de Santo André.
A cidade também se destacou no recorte de vendas de imóveis residenciais. De janeiro a junho de 2023, 1.429 unidades foram vendidas em Santo André, o que representa 62,21% das vendas no ABC. Em Diadema, também segunda colocada neste quesito, foram 354 unidades vendidas, número 75,2% inferior ao andreense.
As 1.429 unidades vendidas em Santo André no primeiro semestre deste ano representam um valor geral de vendas estimado em R$ 587,6 milhões. Em São Bernardo, a segunda cidade neste quesito, o valor geral de vendas foi de R$ 128,9 milhões, número 78,1% inferior. Segundo a pesquisa, o preço médio da oferta por metro quadrado de área útil em Santo André é de R$ 8.293, enquanto em São Bernardo é R$ 7.952. São Caetano é o metro quadrado mais caro, com R$ 9.354.
Para o secretário de Desenvolvimento e Geração de Emprego de Santo André, Evandro Banzato, os números apresentados pelo Secovi-SP atestam que a política de desenvolvimento econômico na cidade se mostra acertada. “O número de lançamentos e de vendas não só mostram que a cidade tem potencial para desenvolver seu mercado imobiliário, mas também tivemos a oportunidade de apresentar ao empreendedor uma estrutura simples, ágil e moderna, que é o Acto”, diz Banzato.
Desburocratização – Um dos fatores que explica o aquecimento do mercado imobiliário na cidade é o ambiente favorável de negócios, impulsionado pela desburocratização na cidade. Desde março de 2020, Prefeitura e a empresa InMov tomaram uma atitude decisiva e que tornou a cidade pioneira na prestação de serviço.Além de todos os serviços que já estavam eletrônicos, os demais serviços foram rapidamente transferidos para a Solução Acto, por meio do programa Obra Fácil.
Desde então, a cidade já concluiu 69.436 processos de forma 100% digital. Tal iniciativa permitiu a economia de recursos públicos, na qualidade de vida e no respeito ao meio ambiente. Com a economia de malotes, arquivo, espaços físicos de atendimento, impressoras, papeis, transportes, serviços de atendimento, limpeza e materiais de escritório e transporte, a plataforma Acto estima que a Prefeitura de Santo André tenha economizado cerca de R$ 25 milhões.
Neste período, houve uma redução de 42% na redução de papel e derivados de madeira na Prefeitura por conta da digitalização dos processos. Ao todo, é estimado que cerca de 9,4 milhões de folhas de papel tenham sido economizadas, o equivalente a 945 árvores que deixaram de ser arrancadas, aproximadamente.
Recentemente o Acto ampliou os serviços prestados, com a consulta instantânea de todos os processos por ano, mês e semana e a implantação de uma nova tecnologia que permitiu um ganho de capacidade de resposta 120 vezes maior que o anterior.
“Enquanto inúmeros municípios no Brasil sequer têm este tipo de ferramenta disponível para o empreendedor, Santo André não só contratou há quatro anos como já implementa melhorias nesta ferramenta, que atualmente conta com mais de 15 mil usuários ativos, entre arquitetos, engenheiros e cidadãos em geral”, afirma Banzato.