Pelé com sua atual esposa Márcia Aoki . O craque tem história com a região. Foi em Santo André que fez o primeiro gol, aos 15 anos(Foto ReproduçãoInstagram)

O tricampeão mundial Edson Arantes do Nascimento, o Rei do Futebol, nos deixou na tarde desta quinta, 29 de dezembro, após uma luta contra um câncer. O ex-jogador, de 82 anos, estava internado no Hospital Albert Einstein desde o último dia 29 de novembro, para tratar um quadro de um inchaço que se espalhou por todo o corpo.

No início deste mês, a equipe que acompanha o astro constatou que a quimioterapia a qual o rei vinha se submetendo para tratar o tumor no cólon não surtia mais efeito. Tal diagnóstico resultou na suspensão dos procedimentos. Começava, então, os cuidados paliativos, segmento da medicina que tem como principais objetivos amenizar os sintomas causados pela doença.

Já na quinta, 22 de dezembro, nove dias depois do último informativo, o boletim médico expedido pelo hospital informava que o quadro de Pelé havia evoluído, inclusive exigindo maiores cuidados em relação às disfunções nos rins e no coração. O texto informava ainda um avanço no câncer de cólon e que o paciente permanecia em quarto comum.

História


O menino Edson nasceu na mineira Três Corações, em 23 de outubro de 1940. Quando Pelé tinha quatro anos, João Ramos do Nascimento, o Dondinho, e Celeste Arantes do Nascimento, seus pais, resolveram se mudar para Bauru, no interior de São Paulo. Naquela época, a criança foi carinhosamente apelidada de Dico por seus parentes. 


Ainda nos primeiros anos da infância, Dondinho começava a incentivar seu filho para que pudesse se enveredar, cada vez mais, nos caminhos da bola pelas ruas de Bauru. Naquele contexto, o menino Edson gostava de jogar no gol e tinha como principal inspiração o arqueiro José Lino da Conceição Faustino, conhecido como Bilé. O jogador era companheiro do ex-time de Dondinho, o Vasco de São Lourenço.      

Sumula do jogo em que Pelé marcou o primeiro gol, contra do Corintinhas em Santo André- Foto  Angelo Baima_PSA


Voltando ao Bilé e, para quem não sabia desta história, ficou fácil intuir que Edson não conseguia pronunciar o nome do goleiro ao tentar imitá-lo nas defesas que fazia. Bilé virou, pela boca do próprio, Pilé. E, assim, durante essas peladas, nasceu, graças aos seus amigos, o apelido que fez do menino Edson Arantes do Nascimento, o nosso eterno gênio Pelé.