Caravana da Saúde em São Bernardo - Fotos: Divulgação/PMSBC

Mutirões aos finais de semana e otimização dos fluxos de atendimento em dias úteis tem como objetivo zerar as filas de espera para consultas, cirurgias e exames até 1º de julho

Imagine o Estádio 1º de Maio, casa do São Bernardo FC, com 15.000 torcedores aguardando pela partida de futebol. Agora imagine não um, mas oito estádios cheios, e com gente ainda querendo entrar. É esse o volume de atendimentos efetivados em 100 dias pela Caravana da Saúde, criado pela gestão Marcelo Lima: foram 124.421 consultas com especialistas, consultas e procedimentos odontológicos, exames e cirurgias, muitas delas realizadas em mutirões realizados aos finais de semana, não necessariamente de fila de espera. 

Quando Marcelo Lima assumiu a Prefeitura de São Bernardo, em 1º de janeiro, mais de 94 mil procedimentos aguardavam para serem realizados, entre exames e/ou consultas com especialistas. O número de atendimentos em 100 dias, quando são analisados os procedimentos que estavam na fila, representa 80% da demanda. Em números absolutos, são mais de 76 mil procedimentos solucionados. 

“Desde o primeiro dia de trabalho, o pedido do prefeito Marcelo Lima foi para que a gente atendesse às pessoas com qualidade, respeito e agilidade. E é nisso que temos focado, todos os dias, temos equipes trabalhando aos sábados, domingos, até que a gente zere essas filas”, relatou o secretário de Saúde de São Bernardo, Dr. Jean Gorinchteyn. A meta é que os atendimentos represados do governo anterior sejam finalizados até 1º de julho desde ano.

O programa Caravana da Saúde foi lançado oficialmente em 25 de janeiro, com o início da operação da carreta de tomografia sem contraste e da carreta de ultrassom, mas o esforço para zerar as filas teve início já no primeiro dia de governo. Em 15 de fevereiro, o programa passou a realizar consultas com especialistas, exames e cirurgias, em mutirões aos sábados e domingos e também com atendimentos durante a semana, com reorganização e otimização do fluxo de pacientes. Em 25 de março, a fila da tomografia, que era de 5.447 exames, já foi zerada.

Exemplos de pacientes satisfeitos não faltam. Atendida pelo reumatologista no primeiro mutirão de consultas da Caravana, no dia 16 de março, a dona de casa Janaína Andrade, de 44 anos e moradora do Alvarenga, escreveu uma carta de próprio punho elogiando a iniciativa. “Costumo reclamar do que é ruim, e hoje quero elogiar tanto quem teve a ideia do mutirão quanto quem está executando”, escreveu. 

A aposentada Maria Nazaré de Souza Santos, 74 anos, moradora do Areião, aguardou por quatro anos para realizar um exame de glaucoma. Foi atendida no Hospital de Olhos, no dia 22 de março. “Quando me chamaram fiquei muito feliz, nem conhecia esse hospital, estou muito agradecida”, contou. 

ORGANIZAÇÃO – A Caravana da Saúde seguirá como um programa permanente da Secretaria de Saúde, para depois que as filas forem zeradas, organizar os fluxos de atendimento da rede municipal e garantir a fluidez de atendimento ambulatorial para consultas, cirurgias e exames.  “É um trabalho que não acaba, na verdade. Tínhamos esse número absurdo de pessoas esperando, mas em uma cidade como São Bernardo, o volume de atendimentos é alto. Com as filas zeradas, o sistema organizado, a gente pode ofertar à população o que SUS (Sistema Único de Saúde) tem de melhor: cuidado, acolhimento e humanização”, destacou a secretária-adjunta da Saúde, Fernanda Penatti.