As festas de final de ano estão chegando e com a segunda onda de Covid-19 que estamos vivendo, surgem as dúvidas de como se reunir com familiares ou amigos nessas datas. Com o número de casos, óbitos e taxas de internação aumentando, a principal recomendação dos especialistas é não fazer festa em nenhuma das duas ocasiões e se reunir apenas com o núcleo familiar mais próximo ou pessoas com as quais você já convive diariamente.
“Se estivéssemos em um momento de queda de contaminação, a situação seria diferente. Mas, com o cenário em que estamos, não dá para flexibilizar essa recomendação”, ressalta Renato Walch, médico de família e clínico geral. “Nós entendemos que as pessoas estão cansadas, mas até agora nada se mostrou mais eficaz do que o isolamento social”, completa o especialista.
De acordo com o médico, caso aconteça de precisar receber parentes em casa, o que não é a situação ideal, vale uso de máscaras, manter o máximo de distanciamento possível, não compartilhar utensílios domésticos, tomar cuidado com calçados e sempre higienizar as mãos adequadamente. A recomendação sobre viagens também é clara: não viaje, a não ser que seja por um motivo urgente, como uma emergência familiar.
O especialista destaca que muitas pessoas acabaram flexibilizando a quarentena em feriados e finais de semana por conta do estresse adquirido durante este período, e é justamente isso que contribuiu para o aumento nos números de infecção por Covid-19. “Para que possamos curtir o Natal e o Ano Novo de 2021, precisamos nos cuidar até o último minuto de 2020. Assim, poderemos estar mais perto dos nossos amigos e familiares no ano que vem”.
Se as recomendações de segurança não forem seguidas, pode ser que em janeiro seja visto um reflexo negativo disso. Mesmo quem já foi infectado pela Covid-19 anteriormente não deve relaxar, porque não se sabe ainda quanto tempo dura a imunidade contra o vírus. “A média de tempo de imunidade das pessoas é de três a quatro meses, mas algumas pessoas nem chegam a ficar imunes. Já temos casos comprovados de reinfecção”, afirma o especialista.
Na visão do médico, o que podemos aprender com essa pandemia é o senso de comunidade e de preocupação com o próximo. “Em um cenário como esse, se não pensarmos coletivamente não sairemos dessa situação. Estou fazendo por mim e pelo outro. Assim será mais fácil de controlar a propagação do vírus”, finaliza.