Entre os resgatados estão gaviões, gambás e até um jacaré; ações do Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal não foram interrompidas durante a pandemia. Foto: Angelo Baima/PSA
Entre os resgatados estão gaviões, gambás e até um jacaré; ações do Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal não foram interrompidas durante a pandemia. Foto: Angelo Baima/PSA

O Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal da Secretaria de Meio Ambiente de Santo André resgatou neste ano 201 animais silvestres, a grande maioria na área urbana da cidade. Ao todo, foram 97 aves, 92 mamíferos e 12 répteis

Dentre os 92 mamíferos resgatados, 84 eram filhotes, jovens ou espécies adultas de gambás-de-orelha-preta (Didelphis aurita). “Fomos chamados para retirar esses animais de escolas, residências, prédios sem condomínios e empresas. É um trabalho que requer conhecimento para captura e manejo, sempre com o objetivo de resguardar e salvar os animais”, explica a encarregada de Bem-Estar Animal, Daniela Victor da Silva Freire.

Filhote de Gambá resgatado. Foto: Alex Cavanha/PSA

Mas nem sempre as ações são em áreas urbanas. Um exemplo foi o resgate de um bicho-preguiça (Folivora) no Parque do Pedroso. “Ele estava em uma árvore muito próximo da pista de veículos e correndo o risco de atropelamento caso descesse ao chão. Conseguimos capturá-lo e sua soltura foi imediata em um local adentro e de mata fechada do parque”, o diretor do Departamento de Proteção e Bem-Estar Animal, José Henrique Mioto.

Entre as 97 aves resgatadas, se destacam as ocorrências com filhote de arara-canindé (Ara ararauna), tucano-toco (Ramphastos toco) e gavião-pombo (Amadonastur lacernulatus), entre outros.

Já os répteis chamam ainda mais a atenção devido suas particularidades. Entre os 12 animais resgatados, estão um filhote de jacaré-tinga em uma residência; uma iguana na avenida Industrial; jabutis-piranga (Chelonoidis carbonaria), na Vila Guiomar, e duas cobras falsa-coral (Oxyrhopus trigeminus), uma no Centro e outra na Vila Assunção.

Preservação – O principal objetivo dos resgates é a preservação da vida e da fauna. Assim, dos 201 silvestres capturados, 64 tiveram soltura imediata e 20 animais foram reabilitados e depois soltos. Outros 86, incluindo uma apreensão, foram encaminhados para instituições parceiras dedicadas à reabilitação e à preservação. Ocorreram ainda 31 óbitos.

“É fundamental destacar a importância de parcerias com a Guarda Civil Municipal e a Delegacia de Meio Ambiente de Santo André, quando as ações requerem segurança dos servidores envolvidos. Além disso, temos dois grandes parceiros, o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres do Parque Ecológico do Tietê, em São Paulo, e o Parque Estoril, em São Bernardo, que nos auxiliam com atendimento veterinário, reabilitação e repatriação desses animais silvestres resgatados”, esclarece a encarregada de Bem-Estar Animal, Daniela Victor da Silva Freire.