Fotografar é uma arte. Muito mais que saber explorar todas as ferramentas, aberturas e perspectivas, é preciso um olhar apurado para a imagem antes mesmo de pressionar qualquer botão. Ao considerar a infinidade de nuances, não é incompreensível o medo de sair do tradicional e experimentar novas técnicas que muitos têm, iniciantes ou não.
O fotógrafo e publicitário Frederico Gomes explica que o primeiro passo para vencer essa trava e produzir cliques mais criativos está no ato de criar repertório. “Para que haja elementos para poder mesclar ideias e criar algo novo, é necessário se munir de inspirações e informações que auxiliem na criação de uma bagagem de conteúdo que facilitará o processo de inovação”, aponta.
Essas referências podem vir tanto de pesquisas específicas, quanto de vivências diárias que não necessariamente tenham relação com a fotografia. “No meu caso a minha atenção está sempre voltada para cores, luzes, composições. Toda vez que vejo um filme, por exemplo, reparo em como esses elementos se comportam e faço o exercício de me questionar sobre o que posso trazer de interessante para minha fotografia”, explica.
O exercício de buscar e trabalhar esses aspectos, muitas vezes percebendo e acrescentando aperfeiçoamentos, é o diferencial que pode trazer tanto referência quanto pioneirismo no assunto. “Sair da caixinha é estar sensível à criatividade, é treinar o cérebro fora da pressão do ensaio fotográfico com cliente. É treinar nas horas vagas, é conversar com as pessoas, assistir um filme, ler um livro e fotografar de vários ângulos, fazendo o máximo de fotos de um objeto sem que nenhuma das fotos sejam iguais. É explorar o máximo, conseguir criar conexões e começar a criar tudo isso naturalmente”, exemplifica o fotógrafo.