A Orquestra Sinfônica de Santo André (Ossa) encerra neste fim de semana a temporada 2025 de concertos no Teatro Municipal Maestro Flavio Florence, com o inovador e emocionante espetáculo Arena Sinfônica.
O nome evoca os antigos circos romanos, onde grandes guerreiros, os gladiadores, se enfrentavam até a morte. O espetáculo Arena Sinfônica vai promover uma batalha fictícia e musical entre três grandes compositores, Beethoven, Verdi e Brahms, destacando o espírito das composições de cada um e os sentimentos que provocam no público.
As apresentações, gratuitas, acontecem neste sábado (29), às 19h30, e no domingo (30), às 11h. Os ingressos são distribuídos com uma hora de antecedência, com limite de uma unidade por pessoa.
Sob regência do maestro Abel Rocha e com o clarinetista Thiago Sandoval como solista, a Ossa percorre três universos sonoros durante o espetáculo: o heroísmo da “Abertura Coriolano” de Beethoven, o brilho virtuosístico da Fantasia sobre temas da ópera “La Traviata”, de Lovreglio (baseada na obra de Verdi), e a plenitude lírica da “Sinfonia nº 2 em Ré Maior”, de Brahms.
Coriolano, composta em 1807 por Ludwig Van Beethoven para a peça Coriolanus do escritor austríaco Heinrich von Collin, abre o concerto com uma boa dose de drama condensada em dez minutos de música repleta de contrastes extremos, mas com intensidade moderada. A obra representa o conflito entre a fúria do herói e o apelo pela compaixão de sua mãe.
Em seguida, a fantasia sobre temas da ópera ‘La Traviata’, composta por Donato Lovreglio, clarinetista e compositor italiano, transforma as famosas melodias de Verdi em variações de brilho técnico e lirismo expressivo. Na obra, o clarinete assume papel quase vocal, alternando o canto apaixonado com passagens virtuosísticas.
Na interpretação do clarinetista Thiago Sandoval, a peça torna-se elo entre o universo trágico de Beethoven e a serenidade de Brahms. Fantasia é um recurso utilizado por compositores que tem o objetivo de apresentar a essência da ópera em uma peça instrumental que demonstra o virtuosismo do executante, como uma espécie de “pout-pourri” muito elaborado e complexo.
A Sinfonia Nº 2, composta por Brahms em 1877, à beira de um lago na Áustria, encerra o concerto com um passeio por diversas sensações. Em quatro movimentos, a Sinfonia Nº 2 começa com uma melodia suave e de fluxo sereno, passando no segundo movimento a um humor mais pensativo e melancólico, seguido por um movimento gracioso e brilhante, de caráter leve e dançante. O quarto e último movimento chega exultante e cheio de energia para encerrar a sinfonia e também o concerto em clima de grande alegria.
Programa
Orquestra Sinfônica de Santo André
Regente: Maestro Abel Rocha
Solista: Thiago Sandoval – clarinete
Diretor Artístico: Maestro Abel Rocha
LUDWIG VAN BEETHOVEN (1770–1827)
Abertura Coriolano, Op. 62 (1807) (9 min)
DONATO LOVREGLIO (1841–1907)
Fantasia sobre temas da ópera “La Traviata”, de Verdi (10 min)
Clarinete: Thiago Sandoval
JOHANNES BRAHMS (1833–1897)
Sinfonia nº 2 em Ré Maior, Op. 73 (1877) (40 min)
I. Allegro non troppo
II. Adagio non troppo
III. Allegretto grazioso
IV. Allegro con spirito



















