- Sindicato patronal, que representa bares e restaurantes, reivindica estrutura para impulsionar faturamento e qualificar atendimento
- A entidade não obteve retorno até o momento
Enquanto cidades vizinhas como Santo André e São Caetano já contam com a instalação de parklets – pequenas extensões da calçada com estrutura para mesas e atendimento ao ar livre –, São Bernardo segue sem adotar a iniciativa, que beneficia diretamente bares, restaurantes e seus frequentadores.
O Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC), único representante do setor na região, já se antecipou a essa demanda e vem reivindicando junto ao poder público, com diversas tentativas, a implantação das estruturas na cidade.
O presidente do Sehal, Beto Moreira, esteve com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Trabalho e Turismo (Sdect), Rafael Demarchi, em fevereiro deste ano, para quem explicou a importância da iniciativa para os estabelecimentos da cidade. No entanto, a entidade não obteve retorno efetivo até o momento.
Além disso, já havia apresentado a demanda na gestão municipal anterior e o atual prefeito à época, Orlando Morando, negou o pedido.
“A instalação dos parklets é uma demanda legítima dos estabelecimentos. É uma alternativa urbana moderna que valoriza o espaço público, melhora o atendimento e gera aumento de receita para o setor”, afirma Beto Moreira, presidente do Sehal.
De acordo com o dirigente, os estabelecimentos de São Bernardo são uma parte significativa da base do sindicato patronal.
“A cidade está atrasada em relação às demais do ABC. Os empresários de São Bernardo merecem a mesma atenção e as mesmas oportunidades para evoluir. O município concentra bares e restaurantes importantes, que movimentam a economia local, geram empregos e renda, e merecem políticas públicas de incentivo e valorização”, conclui Beto Moreira.
O Sehal pretende intensificar a mobilização e colocar o tema de vez na pauta em São Bernardo do Campo. Segundo a entidade, trata-se de um investimento urbano de baixo custo, que pode transformar positivamente a experiência dos consumidores e, ao mesmo tempo, estimular os negócios locais.
Em Santo André, a implementação dos parklets teve início a partir da mobilização dos empresários, com apoio decisivo do próprio Sehal, e hoje integra o cenário urbano como um diferencial para o comércio local. “A cidade colheu bons resultados com a iniciativa, que foi pensada para beneficiar também o cliente e fomentar a economia. É este modelo que queremos ver também em São Bernardo”, finaliza Beto.
Sobre o Sehal
Fundado em 12 de julho de 1943, o sindicato é uma entidade sem fins lucrativos e tem como objetivo apoiar os empresários reciclando conhecimento em várias áreas. É também considerado um dos sindicatos patronais mais atuantes do Brasil em razão das diversas conquistas e expansão no número de associados.
