Com o isolamento social como medida de combate ao novo Coronavírus, as pessoas mudaram suas vidas e consequentemente seus comportamentos de compra. Diante desse novo normal, os e-commerces ganharam grande destaque e tornaram-se um pilar essencial para os negócios se manterem ou prosperarem durante a pandemia. Parte da população que não tinha costume de comprar online, passou a adotar a prática, e muita gente que já fazia compras digitais, intensificaram o hábito. Investidores e empreendedores estão de olho nesse novo comportamento da população, e um deles é Daniel Correa, empresário focado em ativos tecnológicos, fomentos e mercado imobiliário.
Nos últimos meses, Correa avançou no processo de aporte de capital na Go Imports. A intenção é transformar esse marketplace, que já é o maior e-commerce da região centro-oeste e um dos 20 maiores do Brasil, em um gigante nacional. Com esse M&A (ou fusões e aquisições, português), a empresa passa a se chamar NegociaAí e promete trazer inovação tecnológica para facilitar as compras e negociações entre vendedores e compradores.
Com a pandemia, foi percebido um aceleramento na adaptação das pessoas a essa nova forma de comprar. “Por conta do isolamento social as empresas tiveram que rapidamente se adaptar e avançar no grau de maturidade tecnológica de suas soluções online. Atualizações que antes estavam planejadas para serem aplicadas em meses, tiveram semanas e até dias para serem implantadas. Foi uma corrida contra o tempo, mas que devido a urgência e situação, foi bem realizada por muitas empresas. A usabilidade dos aplicativos de delivery e de marketplacecresceu para poder atender à necessidade dos consumidores”, afirma.
De acordo com levantamento recente feito pelas empresas de inteligência de mercado Neotruste Compre&Confie, o faturamento do comércio digital no segundo trimestre de 2020 foi maior que o dobro do registrado no mesmo período de 2019. E o esperado pelos investidores é que o comércio digital não recue após a normalização da pandemia. Mesmo com o comércio físico reabrindo, boa parte das pessoas que aderiram ao e-commerce devem manter o hábito. “A linha de resistência, que nos impede no primeiro momento de crescer, depois vira linha de suporte, que impede os números de caírem abruptamente”, explica Daniel Correa.
Mas, como em qualquer investimento, há riscos. “Não é porque o setor está em alta que o empreendimento dará certo”, alerta Correa. O empresário adverte que quem empreende no mercado digital não deve desenvolver a loja online pensando em si mesmo, e sim no cliente. É necessário estudar bem o público-alvo e como ele lida com a Internet antes de investir em um marketplace. “A tecnologia deve ser desenvolvida visando o usuário”, finaliza .