Santo André vem enfrentando com muita responsabilidade o COVID-19, sem deixar de olhar para questões como a campanha de vacinação e o estímulo à cena cultural da cidade. Para falar sobre essas iniciativas que o governo encabeçado por Paulo Serra tem implantado, além da atenção redobrada com os desdobramentos diretos da pandemia, como o isolamento e a queda nas vendas no comércio, nós conversamos com o chefe do executivo andreense. Confira a entrevista.
Qual o balanço apresentado sobre a campanha de vacinação na cidade?
Na primeira etapa foram aplicadas 98.676 doses em idosos, 23.836 profissionais de saúde foram imunizados e 2.924 profissionais das forças e segurança. Na segunda etapa foram aplicadas 28. 884 doses em pessoas portadoras de doenças crônicas e outras condições especiais, 200 doses em funcionários do sistema prisional, 1.700 doses em pessoas privadas de liberdades, adolescentes e jovens em medidas socioeducativas, 2.286 doses em motoristas de transporte coletivo, caminhoneiros e portuários, além de 60 doses em coveiros.
Na terceira etapa, iniciada em 11/05, foram imunizadas 14.776 crianças de seis meses a menores de seis anos de idade, 154 pessoas com deficiência, 1.480 gestantes e 286 puérperas. Na segunda fase da terceira etapa de vacinação, iniciada em 18/05, foram imunizados 3.331 adultos de 55 a 59 anos e 1.791professores de escolas públicas e privadas. Em Santo André a imunização também está sendo oferecida para profissionais da imprensa, mas até o momento, não houve procura. Ao todo foram aplicadas 180.384 doses desde o início da campanha.
Hoje, dia 22 de maio, como estão os números do CONVID-19 no município?
Atualmente há 415 pessoas internadas em Santo André, sendo que 210 estão em hospitais públicos e 205 em hospitais privados. O hospital de campanha do Complexo Esportivo Pedro Dell’Antonia está com 58% da capacidade de ocupação. A UTI do Centro Hospitalar municipal está com a ocupação em 100%. Foram realizadas ao todo 767 altas médicas.
Como vocês estão se preparando para a retomada?
Desde o início da quarentena nós criamos uma comissão para discutir a retomada e uma comissão de monitoramento do CONVID para a retomada das atividades econômicas. A doença precisa ser monitorada mesmo que os índices demonstrarem que temos condições de reabrir. Esses diálogos estão acontecendo com mais de trinta entidades, como a ACISA (Associação Comercial e Industrial de Santo André), a OAB, o SEBRAE e outras entidades representativas de classe.
Nesse momento o plano está evoluindo bastante, sempre com muita responsabilidade. Em Santo André cerca de 50% das atividades estão normalizadas por serem atividades essenciais e liberadas por lei. Nós estamos tratando exatamente com esses outros, algo em torno de 50%, para que o quanto antes a gente retorne com essa nova normalidade, mas sempre com muita responsabilidade.
Como a sua gestão está tratando, em um momento como este, as atividades culturais?
A gente lançou um edital da contratação para que através das redes sociais e da internet essas atividades sejam continuadas, ou seja, que esses meios nos possibilitem reafirmar nosso apoio à cena cultural da cidade. A iniciativa tem corrido bem pois os artistas, em diálogo com a secretaria, compreenderam a nova realidade e há uma sintonia muito positiva.
Quanto ao Festival de Inverno, dificilmente ele será realizado nos mesmos moldes. Eu acredito que pela aglomeração de pessoas o Festival deve ser adiado. Ele também pode acontecer de forma virtual, mostrando a vila. Os números apontam que dificilmente o Festival vai ser realizado de forma presencial, no formato que as pessoas estão acostumadas pois a gente precisa evitar aglomerações. O festival leva para a Vila de Paranapiacaba mais de cem mil pessoas, o que em tempos de COVID seria uma irresponsabilidade e isso nós não vamos cometer.